Origem da Limeira
Até o ano de 1920
Aqui era só mata fechada
Do Valente ao Riacho da Onça
A terra era encatingada
Havia muitos animais
Pro povo fazer caçada.
Tinha onça suçuarana,
Veado, zabelê, caititu,
Peba, mocó, preá,
Juriti, codorna, tatu
Jibóia, Tamanduá e até Teiú.
Parte desta terra estava à venda
Sr. Ernesto se interessou
Ele morava lá nas Piabas
Mas esta terra comprou
Já casado com D. Antonia
Construiu casa e se mudou.
Tinha alguns pés de Lima
Daí o nome do lugar
Todo viajante que passava
Parava para descansar
Era a casa da Limeira
Que todos passou a chamar.
Dez anos se passaram
E um viajante ali chegou
Mamédio era seu nome
Da terra ele gostou
E foi assim que Ernesto
Seu primeiro vizinho ganhou.
Mas não ficou no primeiro
Vizinho ele teve de sobra
Como João da Laranjeira,
Paulo, Sérgio e João Patioba
Todos eles tiveram família
E na Limeira faziam roda.
Em volta da Limeira
Tinha fazenda de vizinhos
Como Laranjeira, Laranjona,
Vargem Grande e Mucambinho
Os donos se davam bem
Se tratavam com carinho.
E assim surgiu
Esse nosso povoado
Que começou com Sr. Ernesto
E D. Antonia de Matos
Que construíram a família
Com 16 filhos abençoado.
A Limeira assim começou
Com seu Ernesto e seus filho
Uns ainda estão vivos
Outros já são falecidos
Mas na nossa história
Nenhum fica esquecido.
No meio de tantos filhos
Só homens foram seis
Rosalvo, Fidelo e Brasilino,
Falo um pouco de cada vez
João, Valério e Masú
Com as mulheres são 16.
As mulheres foram 10
Seus nomes vamos falar
Minelvina, Júlia, Arlinda
Vamos tentando rimar
Petronila, Maria, Juvina
Ainda tem quatro pra citar.
Tem Rosalina, Durvalina Joana
E uma última a saber
Ela se chama Maria de Lurdes
Foi a última a nascer
E está presente aqui hoje
Pro mode nóis cunhecer.
Assim a gente registra
Os filhos de Sr. Ernesto
Que foi casando um a um
E construindo por perto
E o lugar foi crescendo
Com a chegada dos neto.
O perto que a gente fala
É dentro do povoado
Pois como a família é grande
Todo mundo é aparentado
Há somente algumas famílias
que da Limeira é filho adotado.
Mais uma vez a gente lembra
Que começou com Sr. Ernesto
Por tanto estão aqui hoje
Alguns filhos, filhas e netos
Além de bisneto, genro e nora
Somente os que mora por perto.
Atualmente na Limeira
Tem cerca de 177 morador
Quase todos são parentes
De Ernesto o fundador
Salvo um ou outro
Que pra cá se mudou.
Pra falar de seu Juvelino
Entenda bem como é
Ele era conhecido
Como Pedro do Nazeré
Que casou com Durvalina
Que filha de Ernesto é.
Os dois já faleceram
Mais boa herança deixou
Pois para imitar seu exemplo
A comunidade adotou
O seu nome na Escola
Ao invés de um Doutor.
E por aqui paramos
Nossos versos aqui termina
Mas lembramos pra vocês
Que a história não se finda
Não dá pra falar de todos
Pois tem mais gente ainda.
Autoria: Adevanucia Nere - Professora do lugar